Não é justo!
Encontrei a mais bela flor, plantei-a em meu vaso sagrado, reguei com tanto amor, ela cresceu e floriu.
Então vieram as pragas, tentaram matá-la, mas eu não deixei.
A protegi, num lugar que ninguém a pudesse maltratar.
Com o tempo as pragas se foram, achei que estaria tudo bem e voltei a cultivar minha flor.
O tempo foi passando e fui percebendo que minha plantinha não estava satisfeita com o vaso que eu a plantei.
Percebi que ela estava sufocada. Mas o que fazer?
Se precisei construir uma estufa protegida dos insetos só pra ela, agora ela não dá mais flor.
Por que não floresce mais?
Se te rego com o mesmo amor de antes, se te cuido como sempre cuidei, por que me abandona?
O que mais eu preciso fazer pra voltar a ver tua beleza desabrochando para mim?
Meu vaso é pequeno, eu sei, mas é o que eu tenho.
Te devolver à natureza te deixaria mais feliz mesmo em meio aos insetos e pragas que esse mundo possui?
Pois se for necessário replanta-la longe de mim, faço de tudo pra te ver sorrir novamente.
Só o teu perfume me agrada, só tua beleza me enche os olhos.
E essa dedicação toda que estou devoto a cumprir pra sempre cuidando de você, o que eu faço?
Onde eu vou enfiar tanto amor e carinho se eles possuem teu nome?
Não é justo… ter que ver o amor passar, ter que deixa-lo ir, mesmo implorando pra ficar.